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Cada temporada da série da Netflix foca em uma história de amor de um dos irmãos Bridgerton colocando-o no centro do palco. Foi assim como Daphne (Phoebe Dynevor) na primeira temporada e com Anthony (Jonathan Bailey) na segunda temporada do show. Assim, seria óbvio que Colin Bridgerton (Luke Newton) assumisse o centro do show na terceira temporada que conta sua história de amor com Penelope Featherington (Nicola Coughlan).
Porém, conforme foi observado pelos fãs, apesar de ser a hora de Colin brilhar, ele foi ofuscado pela história de seu par romântico, já que ela, também, tinha outro assunto para resolver na temporada além dele: esconder o seu alter ego Lady Whistledown e reatar sua amizade com Eloise (Claudia Jessie).
Isso e as muitas tramas paralelas dificultaram o desenvolvimento do personagem de Colin que teve sua história apressada e rapidamente resolvida em sua própria temporada. Parecia ser mais a temporada de Penelope e de todos os outros, menos a do protagonista masculino. Abaixo está condensada a crítica do Collider quanto a isso e que pode ser lida completa
aqui.
Com o óbvio crescimento de Penelope, é fácil notar que Colin não recebeu necessariamente o mesmo tratamento. O desenvolvimento e seus conflitos internos são atrofiados e forçados em comparação ao dela. Tudo em seu enredo é rapidamente resolvido para que a trama se volte novamente para a narrativa de Penelope, pois na série seu alter ego tem uma maior importância do que no livro.
Quando o assunto da masculinidade tradicional da época é referenciada, já que Penelope é capaz de se sustentar sem seu marido Colin, o conflito da responsabilidade econômica não ser dele e, também , de uma crescente inveja pelo sucesso de sua esposa, são rapidamente resolvidos para voltar a se concentrar nos desafios da protagonista feminina, pois ele tem que ajudar a impedir a descoberta de sua identidade como Whistledown.
Assim, Colin não existe sem a história de Penelope. Em vez de ter sua própria narrativa enredo, ele é um claro dispositivo de enredo para a dela. O seu comportamento playboy serve apenas para que ela faça sua transformação na alta sociedade. A sua raiva pela colunista de fofocas só aumenta as turbulências emocionais dela. E, no fim, ela está no centro do palco, e ele é apenas o marido troféu.
É uma temporada feminista, bem como as mulheres devem ser representadas, já que hoje se tem mais autonomia do que na era regencial, mas, na história da série, Colin Bridgerton é o protagonista da temporada e deveria ter tido um enredo a parte do de Penelope e não apenas uma identidade construída para facilitar a história dela.
Nas duas primeiras histórias de amor, Daphne e Anthony eram personagens independentes e dinâmicos de seus pares. Colin foi privado disso tornando-se secundário na história de Penelope consigo mesma. Ele é pequeno diante da grande caracterização dela, esta sendo tão convincente, que torna o protagonista Bridgerton um mero dispositivo de enredo na história da protagonista Featherington, apesar de sua linda história de amor de amigos para amantes.
📍As três temporadas de ‘Bridgerton' e o spinoff ‘Rainha Charlotte' estão disponíveis na Netflix.
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