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Destaques

'Guerra Culinária' | Competição com 100 chefs de cozinha no reality sul-coreano

  ⟳ 1 minuto de leitura ⟲ A série 'Guerra Culinária' (Culinary Class Wars) é um reality show sul-coreano no qual 100 chefs de cozinha competem divididos entre os “Colheres Pretas” e os “Colheres Brancas”. A principal intenção da competição é descobrir novos talentos e mostrar se a fama realmente faz a diferença na hora de definir quem sabe elaborar o melhor prato. Oitenta são cozinheiros desconhecidos, donos de restaurantes locais, os "Colheres Pretas", que enfrentam 20 chefs renomados da Coreia, os "Colheres Brancas", sendo julgados por Paik Jong-won,um chef popular e premiado, que é sempre chamado para julgar realitys gastronômicos na TV, e Ahn Sung-jae, responsável pelo Mosu Seoul, restaurante de três estrelas Michelin (premiação máxima na culinária mundial).   O prêmio para o vencedor é de 300 milhões de wones (equivalente a US$ 225.000). A série é divertida, envolvente, tensa, intrigante e com pratos deliciosos, bela direção de arte, bela fotografia

'Bridgerton': A showrunner Jess Brownell defende a mudança na história de Francesca

 

⟳ 3 minutos de leitura ⟲

Spoilers do livro e da série à frente



O oitavo e último episódio da terceira temporada de Bridgerton' trouxe uma reviravolta na história de Francesca (Hannah Dodd) que causou muitas conversas entre os leitores e fãs apaixonados do livro da personagem, 'O Conde Enfeitiçado' (When He Was Wicked). Para quem é familiarizado com a obra de Julia Quinn sabe que Francesca se envolverá com o primo de seu esposo John, Michael Stirling. Porém, no final do novo ano do show, foi apresentada Michaela Stirling, uma mudança de gênero de um dos mais amados personagens do universo de 'Bridgerton'.


A história de Francesca e John na terceira temporada




O novo diamante da temporada encontra seu par ideal em John Stirling, o Conde de Kilmartin, interpretado pelo ator Victor Alli. Assim, eles declaram à família Bridgerton o desejo de se casarem em uma pequena cerimônia em família, após o qual planejam fazer de sua residência principal a casa de John nas Terras Altas da Escócia. Antes de partirem, Eloise (Claudia Jesse) expressa seu desejo de ir com a irmã e passar um tempo longe da alta sociedade londrina.

Porém, Eloise não é a única adição aos novos alojamentos do Castelo Kilmartin. John então apresenta à Francesca sua prima, Michaela Stirling, interpretada po Masali Baduza. "Eu te alerto, cada detalhe sórdido que o John falou de mim é mentira", diz Michaela, em tom de brincadeira, antes de acrescentar que a "verdade é muito pior". Francesca reage à presença de Michaela de forma tão intensa que esquece até mesmo o seu novo nome de casada. Ao fim, é visto a partida dos quatro para a Escócia.


Quem é Michael Stirling? 




Para quem é leitor ou conhecedor do sexto livro Bridgerton da autora Julia Quinn sabe que essa personagem não existe. E, como citado acima, existe Michael Stirling. Contextualizando, o primo de John, Michael, chega poucas horas antes do casamento dele com Francesca e, antes de ser apresentado à noiva, ele vê uma bela moça, apaixonando-se à primeira vista, mas a jovem é na verdade a noiva de seu primo, Francesca Bridgerton, logo, a nova Condessa de Kilmartin.

Com os três convivendo na Escócia, Michael se torna cada vez mais um libertino na tentativa de esquecer a esposa de seu amado primo. E Francesca até mesmo o incentiva a se casar. Porém, dois anos após o casamento (apresentado na série), John morre de um aneurisma cerebral rompido, tornando seu parente mais próximo, Michael, o novo Conde de Kilmartin. Mas Michael abandona seus deveres, fugindo para a Índia. Quanto à Francesca, ela sofre com o luto e a perda de John.

Após quatro anos, o desejo imenso de Francesca em ser mãe a faz voltar ao mercado de casamento, buscando seu segundo marido e a chance de começar uma família. É quando Michael novamente entra em cena, com desejos semelhantes, se reconecta com Francesca, e ele percebe que seus sentimentos românticos por ela não diminuíram com o tempo. Assim, eles se casam, vivem um casamento repleto de alegria e com uma bela família, com Francesca voltando a ter seu título de Condessa de Kilmartin.


A série apresenta Michaela Stirling




A terceira temporada de 'Bridgerton' mostrou a troca do interesse amoroso para se tornar Michaela, revelando Francesca como uma personagem queer. "A primeira vez que li o livro de Francesca, eu realmente me relacionei com ele como uma mulher queer. A história dela é sobre se sentir diferente. No livro isso tem mais a ver com ela ser introvertida, mas para muitos de nós na comunidade queer, essa sensação de se sentir diferente desde cedo faz parte de nossas histórias. Então, eu senti que já havia riqueza temática em seu livro. Ao contar uma história queer em Bridgerton, eu não quero simplesmente colocar uma personagem para trazer representatividade. Quero contar uma história sobre a experiência queer e deixar que haja uma riqueza na história dela. E parece que somos capazes de fazer isso com Francesca".

"Entendo que as pessoas são muito apegadas à forma como os livros são. Eu sei que para as pessoas que amam o livro, Michael Stirling é um de seus personagens favoritos, mas os livros sempre estarão lá, e essas histórias permanecem inalteradas. Então, embora os fãs de livros sempre tenham seu Michael, parecia que os fãs queer não tinham ninguém nos livros ou na série com quem realmente se relacionar. Eu encorajaria as pessoas a canalizarem alguma empatia por pessoas que não conseguiram se ver representadas dentro deste mundo, que é tão inclusivo de outras maneiras. Essa é uma mensagem muito, muito importante para enviar às pessoas de que elas merecem ser incluídas e representadas também".







A reviravolta na adaptação do livro para a série




Com o novo enredo, isso causará uma grande reviravolta na adaptação do livro de Francesca. Além dela perder o título de Condessa e os bens com a morte de John, já que ela não teve um filho para herdá-los, existe o imenso desejo da personagem em ser mãe. A entrada de Michaela, tornando Francesca uma personagem queer, altera completamente a história, porque nenhuma das duas, como mulheres na Era Regencial, não podem ficar com o título e nem com os bens que eram de John, bem como a realização de Francesca ter um filho biológico, que era o aceito nos anos de 1800. "Planejamos nos ater bastante ao livro de Francesca, além da troca de gênero, há certos elementos do livro que terão que ser alterados. Mas, na verdade, descobrimos que somos capazes de adaptar o livro com bastante precisão". 

"Então, os fãs podem esperar que ele se desenrole de maneira semelhante e no que diz respeito à mudança de gênero, tenho muito a dizer sobre isso, mas sou cautelosa em falar sobre isso em detalhes agora, porque quero que as pessoas vejam como isso vai se desenrolar. E eu não estou tentando ficar retendo, é apenas difícil falar sobre o pensamento e a pesquisa que entrou nisso sem falar sobre o que está por vir. E estou apenas tentando ser protetora de qual história queremos contar".


O relacionamento de Francesca de John




Esses dois personagens se amam de verdade no livro, e Francesca não tem nenhuma dúvida em relação aos seus sentimentos quanto à John. É um casamento verdadeiramente feliz. Porém, na série, Francesca pareceu não estar realmente envolvida no relacionamento, principalmente, após seu primeiro beijo com John. Mas Brownell não está disposta a explicar se o casamento deles nasceu mais de atração genuína ou de uma necessidade de se estabelecer.

"O que ela tem com John é real e válido. É uma relação que se baseia muito mais na amizade e no companheirismo, provavelmente, do que na paixão. Mas isso não significa que não seja válido, e que não seja amor de verdade. Há muitos relacionamentos que não são apaixonados para começar, ou então se tornam menos apaixonados com o tempo, que ainda são incrivelmente bonitos e importantes. Então, há mais para trabalhar com Francesca, e eu quero aproveitar o tempo para explorar isso".

"Eu sei que as pessoas estão realmente temerosas sobre como estamos conduzindo a relacionamento deles, mas nós, da sala de roteiristas, amamos essa relação. Só quero dizer que não acho que a revelação do futuro queerness de Francesca negue o que ela tem com John. Eu, particularmente, não acredito em uma hierarquia de relacionamentos. Cada relacionamento é diferente, e muitos tipos diferentes de amor são válidos. O tipo de amor que ela tem por John é muito real. É muito mais baseado em companheirismo e amizade, respeito e interesses compartilhados do que talvez seja na paixão. Mas a paixão é apenas um elemento de um relacionamento. Daqui para frente, estou esperançosa de contar uma história muito sutil sobre Francesca ter dois grandes amores em sua vida".




"Quando começamos a falar sobre representação queer na série, começamos com uma discussão de que esta é uma série sobre felizes para sempre, e que não estamos interessados em traumas queer. Realmente queremos ver alegria queer. E se vamos contar uma história queer, gostaríamos de encontrar uma maneira de haver um felizes para sempre. Então, fizemos muitas pesquisas para descobrir como podemos alcançar isso dentro dos limites da Era Regencial. E depois que as pessoas virem as próximas temporadas, poderei falar mais sobre isso".


📍As três temporadas de 'Bridgerton' e seu spinoff 'Rainha Charlotte' estão disponíveis na Netflix.

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